quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Não podemos fechar os olhos...


Boa tarde pessoal! Sinto informá-los que o nosso assunto de hoje será algo de estrema tristeza, porém necessário, principalmente para nós (comunicadores).

No dia 05/11/2015, uma quinta-feira,
duas barragens da mineradora Samarco se romperam na cidade de Mariana (MG). O problema é que essas barragens continham uma quantidade enorme de lama, rejeitos sólidos e água, resultando em uma tragédia quase indescritível.

O Ministério Público de Minas Gerais abriu um inquérito para apurar as causas e responsabilidades da tragédia. O que a empresa Samarco alega é que ocorreram dois tremores antes do rompimento das barragens. O prefeito de Mariana, Duarte Junior, defende que a Samarco deve ser totalmente responsabilizada pelo ocorrido, mas alega que a empresa não pode ser fechada, pois isso traria prejuízos à economia local (controverso, não?).

Algo intrigante é o fato de que os elementos que continham nas barragens eram tóxicos, ou seja, mesmo aquelas pessoas que sobreviveram à tragédia ainda podem sofrer consequências sérias em relação à saúde. Outro ponto importante de ser destacado é: qual o apoio psicológico a comunidade local está recebendo? Vocês já pararam pra pensar que para essas pessoas, a vida em Mariana “nunca mais será a mesma?” Sempre haverá uma lembrança triste e dolorosa de um parente que se foi, de um imóvel perdido ou até mesmo de um bichinho de estimação que não conseguiu escapar.

Além de tudo isso, o Rio Doce não pode ter suas águas captadas e especialistas afirmam que isso é algo assustador. Marcus Vinicius Polignano, presidente do Comitê de Bacia do rio das Velhas e professor da UFMG (Federal de Minas Gerais), deu a seguinte declaração à Folha de São Paulo a respeito do estado atual do Rio Doce: "É algo irreversível. Fala-se em remediação, mas no caso da lama nos rios, não existe isso. Não tem como retirá-la de lá”. Espécies de animais e vegetais foram declaradas extintas, com o agravante de que o rompimento das barragens aconteceu na época de reprodução dos animais que viviam no rio.

Várias entidades e pessoas voluntarias se mobilizaram para acolher vítimas e receber donativos. Segundo a prefeitura, as prioridades para doações são materiais de uso pessoal e principalmente água potável.

A ação tomada pela empresa Samarco foi a construção de casas para abrigar as vitimas além de assistência médica. Apesar de tudo isso e de movimentos no facebook a favor da empresa, o que é possível observar é que a opinião pública já “condenou” a Samarco como culpada pela tragédia, sem aguardar o término das avaliações.

Agora trago algo para a reflexão de vocês, ao longo do curso de Relações Públicas aprendemos que a comunicação entre empresa e comunidade local é necessária para auxiliar em uma crise e para que não haja nenhum “ruído”. Além disso a empresa nunca deve se anular! Me atrevo a dizer que as atitudes tomadas pela Samarco não foram suficientes, a empresa demorou para tomar uma posição e ao que tudo indica não tinha um plano para gerenciamento de crise.
E vocês? O que vocês acreditam ser a melhor atitude para esse momento?


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